Histórico
        O Comando de Fronteira Roraima / 7º Batalhão de Infantaria de Selva está sediado em Boa Vista, Capital do estado de Roraima desde a década de 1960. O registro militar na área, no entanto antecede em séculos esta data. Em 14 de Novembro de 1752, com o objetivo de defender as terras das investidas de espanhóis, ingleses e holandeses, ambiciosos pela riqueza da região, o Governador e Capitão-Geral do Grão Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado foi incubido pelo Rei D José I de construir um forte às margens do Rio Branco. Em 1777 os espanhóis construiram um forte em terras roraimenses, mas foram prontamente repelidos pela Guarnição do Forte que, apesar de ainda não estar totalmente concluído, conseguiu deter-lhe o avanço e explusá-los do vale rio-branquense.
        A partir de então, as terras do futuro ESTADO DE RORAIMA foram devidamente policiadas pelos integrantes do Forte. Em 1778, concluiu-se a construção de um pequeno forte de pedra e barro que recebeu a denominação de Forte São Joaquim do Rio Branco. Seu primeiro comandando foi o Capitão Felipe Sturn, que contava inicialmente com dez canhões e uma guarnição composta aproximadamente de 30 soldados. Posteriormente o Forte São Joaquim também foi base de operações do insigne Cel Manuel da Gama Lobo D'Almada, cuja equipe realizaou o levantamento de cartas e descrição minuciosa da bacia e da zona de fronteira. A desativação do forte se deu por volta de 1900 e sua chave guardada como relíquia.
        O Forte São Joaquim, além de ter sido um dos baluartes mantenedores de nossa integridade territorial, teve o mérito de ser o marco do início da colonização do Estado de Roraima, bem como a presença do Exército nesta região. Em 1948, com a criação do território do Rio Branco, um novo dispositivo militar na área se fazia necessário. Com efeito em 1952, foi criado o 1º Pelotão de Fronteira, subordinado ao grupamento de elementos de fronteira de Manaus. Com publicação no Decreto nº 50.480, de abril de 1961, o 1º Pelotão de Fronteira evoluiu para 9ª Companhia de Fronteira. Em 1969 um levante na Guiana começa a afetar o território brasileiro e em janeiro do mesmo ano, o Capitão Airton Amorim de Lima, comandante da 9ª Cia Fron, iniciou o deslocamento de um pelotão pronto para o combate, de Boa Vista para a região de Bonfim devido à entrada de refugiados de Lethem no Brasil. No final do mês de janeiro foi estabelecido o primeiro destacamento de segurança na área, até que o 6º BEC concluisse a construção das atuais instalações.
        Assim surgia o 1º PEF, em Bonfim. Também em janeiro de 1969, um pelotão embarcou para a Normandia, devido à Revolta Rupununi ter alcançado toda a faixa de fronteira com a Guiana. Esses militares ficaram em Normandia até março do mesmo ano, quando foram substituídos pelo primeiro destacamento de segurança da área, só com elemento da 9ª Cia Fron, que ficou acampado num tapiri no exato local onde se encontra o 2º PEF, que só foi concluído em 1972. Na mesma epoca foi instalada um destacamento em Vila Pereira, hoje comunidade indígena Surumu, afim de garantir a neutralidade do Brasil na Revolta Rupuruni. Em 1972, com a construção da cidade onde liga Boa Vista a Vila Pacaraima, o destacamento que estava em Vila Pereira foi transferido para a fronteira com a Venezuela, no alto da serra Pacaraima.
        Em março de 1972 chegou uma equipe composta por 9 militares, com a finalidade de se instalar nas dependências recém construídas e assim o destacamento de Paracaraima passou a ser denominado 3º PEF. Em 23 de maio de 1969 foi criado na guarnição de Boa Vista o Comando de Fronteira Roraima e, em setembro daquele ano, a 9ª Cia Fron evoluiu para o 2º Batalhão Especial de Fronteira, cujo comando passou a ser exercido cumulativamente, pelo comandante do C Fron RR. E em 1976, C Fron RR / 2º BEF, transferiu-se das suas antigas instalações para as atuais. O 4º PEF tem origem nos trabalhos pioneiros da Força aérea Brasileira na década de 1960, estava abrindo pistas na fronteira do então território de Roraima, com o objetivo de dar mais segurança ao Brasil. Em abril de 1986 o local foi escolhido para instalação de um Pelotão Especial de Fronteira, que seria concluído e inaugarado em 1988, com a chegada do primeiro efetivo de militares com o objetivo de aumentar a presença do Estado na Região.
        Em 12 de julho de 1988, a portaria ministerial nº 654 concedeu ao Comando de Fronteira Roraima / 2º BEF a denominação histórica de Batalhão Forte São Joaquim. E em primeiro de janiero de 1992, recebeu a denominação atual de Comando de Fronteira Roraima / 7º Batalhão de Infantaria de Selva, subordinado a 1ª Bda Inf Sl. Em dezembro de 1995 decolou da base aérea de Boa Vista uma aeronave Búfalo C-115, conduzindo o primeiro destacamento a ocupar as instalações do 5º PEF. Já no solo de Auaris, o destacamento rapidamente providenciou um mastro e realizou o primeiro hasteamento do pavilhão nacional, iniciando oficialmente a história do 5º PEF. O 6º PEF teve ser planejamento iniciado em 1990, no entanto a demarcação da terra indígena raposa serra do sol, no início dos anos 2000, acelerou a sua implantação. Em 2002 militares do C Fron RR / 7º BIS ocuparam as instalações do 6º PEF na cidade de Uiramutâ. O ambiente operacional correspondente à área de responsabilidade do C Fron RR / 7º BIS é complexo e variado.
        A unidade deve estar apta a combater em terreno de lavrado, nas selvas montanhosas da Serra Parima e na selva equatorial superumida do sul do Estado. O batalhão também participa de operações de Garantia da Lei da Ordem, além de atividades subsidiárias e apoio ao Governo e às comunidades roraimenses em caso da calamidade. O Batalhão também participoi da missão da ONU para a Estabilização do Haiti, integrando o 15º Contigente do BRABATT em 2011. Dentre as operações recentes do Batalhão destacam-se as operações Ágata, Curare, Estiagem, Copa do mundo de 2014, Combate à dengue, Jogos Olímpicos 2016, Monte Cristo e a Curaritinga IX. Prevalece até nossos dias o sentimento da necessidade de povoar e proteger esta resplandecente terra do ouro e do diamante.
        Cada soldado que para aqui vem, fica possuído do mesmo sentimento que norteou nossos pioneiros, que conheceram e amaram a terra virgem e selvagem. Cabe a nós continuar cumprindo a nobre missão da nossa Unidade, de vigiar e proteger nossas fronteiras, combater aos crimes transnacionais e ambientais, zelar pela manutenção da soberania nacional em terras quase intocadas pelo homem, como muito bem fazem os nossos PEFs, cuja presença acaba por estimular o povoamento das regiões à sua volta. Tudo isso para contribuir, de uma maneita significativa. Para o desenvolvimento do nosso Brasil. SELVA!