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4º Pelotão Especial de Fronteira (Surucucu)

Publicado: Sexta, 28 de Abril de 2017, 12h24 | Última atualização em Segunda, 23 de Agosto de 2021, 19h52 | Acessos: 4983

O 4º Pelotão Especial de Fronteira têm origem nos trabalhos pioneiros da Força Aérea Brasileira na década de 1960. Mais precisamente em 1961, a FAB estava abrindo pistas na fronteira do então Território de Roraima, com o objetivo de dar maior segurança ao Brasil. Nesta época, missionários da Missão Cruzada de Evangelização (atual MEVA) foram convidados a participar dessas expedições, servindo como intérpretes e ajudando no contato com os indígenas.

Em 1961, a FAB estava abrindo pistas na fronteira do então Território de Roraima, com o objetivo de dar maior segurança ao Brasil. Na época os missionários foram convidados a participar dessas expedições, servindo como intérpretes e ajudando no contato com os indígenas. Várias pistas foram abertas e a Missão foi então convidada a colocar missionários em Parima B e Surucucu. Ao descobrir que Parima B estava dentro do território venezuelano, a FAB e a Missão retiraram-se, em 1963. Surucucu continuou em operação até 1976.

Nessa oportunidade foram encontradas duas povoações principais: Aykamopë e Titirimopë, dos quais descendem diversas comunidades atuais. Várias pistas de pouso foram abertas e a Missão foi então convidada a colocar missionários em Parima B e Surucucu. Ao descobrir que Parima B estava dentro do território venezuelano, a FAB e a Missão retiraram-se, em 1963. Surucucu continuou em operação até 1976, quando foi fechado, devido à falta de pessoal e às constantes brigas entre os indígenas daquela região.

Após a saída da Missão, a região esteve por um breve tempo sem ocupação não índia, seguida da chegada de um posto de atração da FUNAI. Devido a ausência do Estado a região de Surucucus foi palco da ocupação garimpeira ilegal na década de 1980, quando a situação de saúde apresentou índices epidemiológicos alarmantes devido à presença de milhares de pessoas ocupando seu espaço de perambulação, associado à baixa resistência às doenças introduzidas.

Em 1985 foi criado o Projeto Calha Norte, PCN, (atual Programa Calha Norte) que tinha como objetivos iniciais o aumento da presença governamental na região, ampliação das relações com os países vizinhos; promoção da assistência e proteção das populações indígenas; e intensificação das campanhas demarcatórias.

Fatores como o baixo índice demográfico, ausência do Estado Brasileiro e às atividades de garimpo ilegal, aliadas à suas conseqüências, foram decisivas para que em 14 de abril de 1986 este local fosse escolhido. O pelotão foi concluído em 1988, quando incorporou o primeiro efetivo de militares marcando sua inauguração em 08 de fevereiro do mesmo ano.



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